sexta-feira, maio 06, 2011

54 - feliz, por saber escolher!

Quando o sentimento é grandioso, brincar com as palavras torna-se num desafio. Penso, reflicto e percebo que o melhor mesmo é dar espaço para que os dedos deslizem sobre o teclado e escrevam aquilo que o coração sente. Desta vez, sem apagar, vou escrever por impulso. Sorrio e deixo que seja este bater do meu coração o autor deste pseudo-texto, deste sentimento, desta forma de luz. Deixo que este silêncio me envolva, este silêncio que só eu entendo, que só eu oiço, que só eu quero que faça parte de mim. Dou-lhe voz. Mas continuo a hesitar, continuo a questionar-me sobre a força das palavras, sobre a sua incapacidade de revelar aquilo que tão bem eu sinto, que me conforta, que me deixa segura, que me faz gostar de ti. Sei que lês o olhar, mas serás capaz de o ler por entre estas linhas? E saberei eu dizer o quanto gosto de ti, assim, juntando letras, sílabas, palavras, frases?! Não sei… por mais que me deixe cair no poço do alfabeto, por mais que faça dele um jogo e tente recriar novas palavras, nenhuma consegue ser sinónimo de ti, da tua forma de ser, do teu jeito e daquilo que eu sinto por ti!

Pouco me importa se não cresci ao teu lado; pouco me importa que desconheças as birras de infância e todas as minhas características peculiares que tão bem me descreviam; pouco me importa que estas histórias, que hoje possas saber por mim, não tenham sido momentos vividos por ti. Pouco me importa. Sei o que sinto, e o que sinto é muito. É tudo. Sabes o que realmente me importa? É que embora não te tenha tido desde sempre, tenho-te agora. E isso é uma sorte. Diferente, mas tão semelhante daquela que me deu à luz. Completam-se e eu preciso das duas. Muito.

Os olhos acabam por se fechar e a gargalhada é inevitável. Os pulsos continuam intactos, sem cortes, sem feridas… o coração bate, sinto que tem mais a dizer, mas não consigo… desisto de procurar a palavra exacta, porque afinal ela esteve sempre tão perto de mim… , mas nunca a quis banalizar… estou feliz!, definitivamente soube escolher!

E, quase sem fôlego, rendo-me e ouso dizer-te:

Amo-te … Mãe!

3 comentários:

  1. Um post lindíssimo e cheio de ternura!

    ResponderEliminar
  2. Um texto muito bonito.
    Gostei.
    Bom fim de semana.
    Beijos.

    ResponderEliminar
  3. A person necessarily help to make critically articles I’d state. That is the very first time I frequented your web page and to this point? I amazed with the analysis you made to make this particular put up extraordinary. Wonderful activity!

    ---------------------------------------------
    fruit exports | legal services for exports | seafood exports

    ResponderEliminar