terça-feira, julho 22, 2008

37 - Réplicas

Poderia fazer réplicas do sorriso e usá-las em momentos de melancolia ou, até mesmo, de dor profunda. Réplicas, simplesmente réplicas que, ao olhos dos comuns mortais, passariam por obras originais. Mas de que me servem falsas cópias? Para quê construir uma imagem que não reflecte a bravura das ondas que destroem o verdadeiro mundo?, o mundo a que nem todos têm acesso: o coração.

De que serve a brisa de uma noite límpida se tu não estás? Onde vou buscar o beijo que me fazia adormecer todas as noites se o meu doce beijador decidiu ser livre? Preciso de ti e tu, meu amor, precisas de mim. Eu sei.

Ah, estes seres que se dizem racionais acreditam que o Tesouro encontra-se soterrado, algures numa ilha esquecida. Que tamanha tolice. Quando é que aprenderão que as pérolas não são visíveis e que se encontram disfarçadas em sentimentos, em lágrimas cristalinas e em sorrisos de princesa?

Dava a minha vida para que tu, meu eterno menino, pudesses viver para poder ser feliz. Fazia-o mesmo tendo em conta todas as noites em que, dadas as tuas tempestades, me fazes lembrar como tudo poderia ser diferente se não existisses, como os problemas poderiam ser diminutos … Dava tudo para que os teus olhos nunca deixassem de brilhar…
Para aqueles que não entendem é obsessão, para os especiais é Amor.