A escolha foi tua, meu amor. Escolheste magoar-me vezes sem conta e, um dia, fartei-me de dizer que te amava, de fazer o melhor que sabia para te agradar. Fartei-me de ser compensada com gritos, berros, palavras ofensivas e injustas… Palavras que tanto feriram os meus ouvidos. Fartei-me de amar quem não se apercebe desse amor ou, ainda pior, se se apercebe, o quer matar.
Será pecado odiar tanto quem, um dia, nos gerou? Odiar profundamente aquela mulher que, um dia, chegámos a dizer “és a melhor mãe do mundo”? Não, não pode ser. Pecado é falsificar sentimentos, esconder emoções e viver dizendo o que não se sente. Pecado é dizer-se “eu mato-te”, pecado é magoar-se desta forma alguém… e se substituirmos alguém por filha, o pecado será, certamente, bem maior.
A escolha foi tua. Não posso continuar a viver no meio desta esquizofrenia, porque estou farta de, sem perceber porquê, mudares de personalidade de dois em dois segundos. Faz-me mal viver assim; faz-me mal expulsar-te da minha vida, mas se continuar a viver assim vou morrer, todos os dias, um pouco mais.
A escolha foi tua. E talvez até tenhas sido tu que, com essa forma de viver, me tenhas expulso da tua vida. Eu não sei. Roubaste-me todas as certezas que fui construindo ao longo da vida…mas uma nova se criou: vou vencer nesta vida e vou vencer sem ti.
A escolha foi tua, mãe.
Será pecado odiar tanto quem, um dia, nos gerou? Odiar profundamente aquela mulher que, um dia, chegámos a dizer “és a melhor mãe do mundo”? Não, não pode ser. Pecado é falsificar sentimentos, esconder emoções e viver dizendo o que não se sente. Pecado é dizer-se “eu mato-te”, pecado é magoar-se desta forma alguém… e se substituirmos alguém por filha, o pecado será, certamente, bem maior.
A escolha foi tua. Não posso continuar a viver no meio desta esquizofrenia, porque estou farta de, sem perceber porquê, mudares de personalidade de dois em dois segundos. Faz-me mal viver assim; faz-me mal expulsar-te da minha vida, mas se continuar a viver assim vou morrer, todos os dias, um pouco mais.
A escolha foi tua. E talvez até tenhas sido tu que, com essa forma de viver, me tenhas expulso da tua vida. Eu não sei. Roubaste-me todas as certezas que fui construindo ao longo da vida…mas uma nova se criou: vou vencer nesta vida e vou vencer sem ti.
A escolha foi tua, mãe.
Um post dramático. A decisão parece tomada mas, pergunto, será possível cortar definitivamente o cordão umbilical com aquela que nos gerou por mais que ela nos faça sofrer? Luta pelo teu bem estar. Não hesites mas o afastamento total não me parece a solução. Desculpa!
ResponderEliminarBeijinhos
Conheci o teu blog por acaso... Sabes os acasos da vida? foi um deles! Decidi ler, reler, coscuvilhar e confesso que gostei,que me deixei envolver nas tuas palavras. Espero que este blog não seja mesmo autobiográfico, mas fascina essa indecisão... saber o que é e o que não é realidade! Gostei! Passarei mais vezes! Um beijinho
ResponderEliminarSu
São palavras difíceis, um pouco pesadas... Mas, penso que nada nesse mundo é definitivo...
ResponderEliminarBeijos de luz e o meu carinho! Grata pela sua visita...
É duro, mas segue a tua vida.
ResponderEliminarCara amiga, este teu texto é duríssimo, implacável.
ResponderEliminarNão sei se alguma vez conseguiria falar assim dos meus pais por muito mal que me tivessem feito.
Mas respeito a tua opção e a tua revolta, pois não faço a mínima ideia do que se passou realmente.
E nem sei se o texto é ficção...
Mas às vezes temos que tomar opções radicais na nossa vida.
Espero que, se esse for o teu caso, sejas feliz e venças.
Beijinhos solidários.
Olá!
ResponderEliminarÀs vezes é necessário por os pontos nos ii, caso contrário os outros, independentemente de quem são, podem pensar que o nosso amor será eterno...
Força,
Beijinhos,
Graça Mello
espero que o blog nao seja autobiogra'fico de todo.
ResponderEliminarnao sou ningue'm para sequer imaginar a tua vida ou colocar-me no teu lugar, mas senti a necessidade de comentar o teu blog por abordares tao fragil assunto.
em primeiro lugar dou-te os parabe'ns porque te foi atri'buido o dom da palavra. Depois tento so' lembrar-te que das unicas pessoas, que apesar de todas as brigas e discussoes, nunca nos abandonam e nos amam nem que no's façamos das mais ba'rbaras asneiras, sao os nosso progenitores.
um beijo e os parabe'ns novamente porque de facto, a tua escrita cativa-me. ;)
Onde acaba a terra e começa o Mar
ResponderEliminarHá um lugar onde vive a ilusão
Repousa na madrepérola das conchas
Com a forma de um coração
Onde as giestas se agarram à areia
Onde as pedras têm diadema de algas
Onde o Mar conta histórias longínquas
Onde as vagas soltam distantes mágoas
Bom fim de semana
Mágico beijo
Amargo é o gosto com que fiquei depois de te ler.
ResponderEliminarMas as escolhas são-no sempre.
Olá, minha querida!
ResponderEliminarQueres dar um saltinho ao meu blog
http://eusoulouco2.blogs.sapo.pt?
Obrigado!
Beijinhos
Entretanto... publiquei mais um poema.
ResponderEliminarGostava de saber se gostas.
Beijinhos.
Se as palavras (te) ajudam a carregar as pedras da vida, então escreve. Eu voltarei sempre para beber nelas.
ResponderEliminarbj
Gui
coisasdagaveta.blogs.sapo.pt
Conheci seu blog atraves do blog do conhecimento. Duras, mas verdadeiras palavras que às vezes precisam ser ditas.
ResponderEliminarMarcio Candiani psiquiatra infanto juvenil e de adultos
http://saudementalgeraes.blogspot.com
http://marciocandiani.site.med.br
muito triste
ResponderEliminarmas gostei da forma como escreves
beijos
P.S voltei
Não existe curso ou certificação de maternidade... apesar das crianças serem o património do futuro, o elemento mais precioso do amanha... podem ser feitas e educadas por qualquer pessoa que não é necessáriamente apta apenas porque deu á luz...
ResponderEliminarPode não ser autobiográfico, mas que é muito do âmago, lá isso é!
ResponderEliminarUm Bom Natal
ResponderEliminarbeijos
Sempre me espantou o facto dos leitores se preocuparem com o facto de ser autobiográfico aquilo que se publica. Não será isso uma espécie de curiosidades de comadres? Importante é a voz com que escreve!A força da Palavra! E essa tu tens a grata sorte de a possuir!
ResponderEliminarParabéns!
Recordo profundamente o que fiz mas jamais consigo lembrar-me de que escrevo sem o ler. Já, em tempos, li algo como o que aqui encontro. Apetece-me concluir que as pessoas não mudam, nem as boas; tinha saudades de criatividade pura.
ResponderEliminarFaz tempo que nao venho aqui, me perdoe... mas hj passei pra ver as novidades e desejar a vc uma noite linda e uma quinta feira iluminada.. beijinhossss
ResponderEliminarÁs vezes quem mais nos devia amar,apenas nos sabe maltratar...talvez porque não somos feitos á sua medida.
ResponderEliminarNão deixes que nada nem ninguem te deite abaixo.pq por vezes são frustaçoes propias de quem nunca conseguiu vencer
Bjs
Ficou inesperado este post...
ResponderEliminarBeijo meu ♥,
A Elite